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Divina

aproximou-se calada, sorrateira e lançando seu dedo na superfície dos lábios congelou quase que por eterno o momento era feito uma fotografia a luz esculpia seus contornos de certa forma homogênios e dada a natureza da situação a admiração era até involuntária mirou-se no espelho velho do seu quarto que já a muito a capturava era toda ela ali representada por uma imagem muda, molhada todas as suas cores finamente acentuadas, refletiam de forma erotizada sua inocência jovial era ela toda humana carregava no olhar toda a sorte de pecados vestia nos olhos uma certa dureza que a distinguia das demais fora desenhada pela vida e entregava-se as casualidades como dava-se aos demais era completamente viva, machucada e real fora marcada por muitos nomes prostituta, meretriz, ou qualquer outro nome que venha banhado na acidez da moral mas não passavam de rótulos, disso ela sabia tudo pra ela era fugaz, tudo era apenas rotina até a sua beleza, trivial

Luan Lary Lima.


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